Sismec define cronograma de ações.
Em reunião geral extraordinária, na última terça-feira (6/9), o Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec) decidiu apoiar as manifestações em prol da implantação da Lei 14.434/2022, que assegura o piso salarial da enfermagem.
O encontro aconteceu de maneira on-line para permitir a participação do maior número de associados possível. Esteve em pauta a mobilização junto às demais entidades sindicais e movimentos da enfermagem, além da possível paralisação nacional e seus reflexos perante a categoria.
Após a assessoria jurídica do Sismec esclarecer o andamento do pedido da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que caminha junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), foram ouvidas as manifestações e sugestões de todos os participantes que quiseram se pronunciar.
Ao final, foi definida a participação nas ações nacionais e ficou decidido que entre os dias 9 e 16 de setembro os profissionais estarão se manifestando pacificamente em seus locais de trabalho, usando faixas pretas em sinal de luto pela suspensão do sonho de um pouco mais de reconhecimento e valorização. As equipes farão um minuto de silêncio, demonstrando desta forma seu descontentamento.
O Sismec irá informar a gestão sobre esses atos e seguirá dando o apoio necessário para garantir a livre e pacífica manifestação da categoria.
Ficou ainda acordado que o sindicato fará a convocação de uma assembleia para ratificar a adesão a atos grevistas, caso seja a demanda da categoria a nível nacional, e que as datas serão as mesmas estabelecidas nacionalmente.
A enfermagem está exausta e adoecida, pois passou por um período de guerra, onde foi a linha de frente contra o inimigo. Trabalhamos desprotegidos, nos arriscando e expondo nossas famílias, fomos remanejados de locais de trabalho conforme a vontade da Secretaria de Saúde, muitos foram substituídos por outros profissionais por decisão descabida dos gestores. Vimos nossos colegas morrerem e aguentamos em nome da ética profissional e do amor à humanidade. Lutamos por um piso salarial que nos desse um pouco mais de dignidade e, após sorrir e comemorar a tão sonhada lei, fomos novamente arremessados ao desrespeito e pouco caso de quem deveria ser justo e, mais que isso, garantir justiça. Não podemos nos calar!