ENFERMAGEM LUTO

“O luto por quem amamos é sempre eterno, assim como as saudades e as lembranças de tudo que compartilhamos.”

 

O Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem – SISMEC repudia qualquer tipo de julgamento em relação à prática do ato, manifesta condolências à família da vítima e se coloca ao lado de todos os indivíduos que sofrem por patologias relacionadas à saúde mental.

O suicídio da Profissional da enfermagem, Patrícia Colodel Almeida, 40 anos causou comoção entre amigos e profissionais da área. Ela trabalhava no Distrito de Santa felicidade, profissão esta que segundo todos seus amigos e colegas amava muito.

A Enfermagem de Curitiba e do Brasil inteiro está de luto!

Desvalorização, carga horária exaustiva, falta de profissionais em numero adequado, humilhações!
Peço encarecidamente: pense antes de ofender, humilhar, agredir um profissional de enfermagem, somos pessoas assim como você. Deixamos nossas famílias para cuidar da sua, guardamos a própria dor no bolso para cuidar da sua!

Os casos de suicídio atingiram um nível recorde no país. De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2016 (último ano com dados disponíveis) foram registrados 11.433 óbitos por “lesões autoprovocadas intencionalmente.

Apenas no Paraná, as informações do Datasul (uma espécie de banco de dados do Ministério da Saúde) revelam 768 casos no último ano, com dois registros por dia, em média.

Segundo a enfermeira e técnica da Coordenação de Atenção a Urgência na Sesa, Merari Gomes de Souza, uma das responsáveis por estudo realizado a respeito do suicidio entre profissionais da enfermagem ” A enfermagem recebe e carrega uma carga emocional muito forte por apresentar grande responsabilidade no dia a dia do paciente e estar presente à beira do leito 24 horas por dia. Em seu cotidiano, lidam com o sofrimento humano, a dor, a alegria, a tristeza e a morte”, Este estudo mostrou ainda  que Entre 2008 e 2017, 48 enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem cometeram suicídio no Estado, conforme as notificações do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade. Os dados coletados mostram que a maioria das mortes foi de mulheres na faixa etária entre 40 e 49 anos, ou seja, pessoas que já estão há muito tempo na profissão.

Novo estudo esta sendo realizado pelo SISMEC, no período que compreende os últimos 5 anos e o municipal de Curitiba. E mais importante que o estudo é que  desde 2015 temos trabalhado para que o município disponha de um programa de saúde mental adequado a todos os profissionais. (prevenção e tratamento).

Por fim, o SISMEC lamenta a perda de mais uma colega e clama para que mais políticas públicas sejam implementadas na esfera da saúde mental, a fim de que novas mortes sejam evitadas.

O Sindicato sugere também à toda categoria, sensibilidade na identificação do sofrimento de colegas de trabalho e das pessoas pertencentes aos demais círculos sociais. O intuito é que mais vidas não sejam interrompidas.