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“Heróis” da pandemia são expostos a humilhação para receber vacina

No dia 18 de janeiro, o Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec) enviou à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS) um oficio solicitando participação e acompanhamento do planejamento para a aplicação da vacina contra covid-19 nos profissionais que representa, mas não foi respondido.
A ideia era contribuir para que a imunização acontecesse de forma prática, rápida e sem oferecer riscos para os que iriam receber a vacina e muito menos para os vacinadores. “Essa gestão age de forma arbitrária e autoritária, como se fosse a dona da verdade. Não estão governando para o povo e sim para eles mesmos, sem diálogo”, afirma Patrícia Machado, diretora do Sismec.
Mesmo assim, a entidade entrou em contato com o departamento de gestão de pessoas da SMS. Foi sugerido que a vacinação fosse descentralizada, com administração nos próprios locais de trabalho. Apesar dos argumentos consistentes, como a exaustão física e mental que esses profissionais têm enfrentado durante longos meses de pandemia, a urgência da imunização destes e a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que não haja aglomeração, a gestão seguiu com seus planos de centralização.
Nesta quinta-feira (28), o sindicato recebeu várias denúncias, todas documentadas, de que, além de outros problemas, muitos profissionais que não estão na linha de frente foram vacinados. Foi encaminhado requerimento à secretaria, solicitando dados de todos os já imunizados, lotes, números de doses administradas, e esclarecimentos à respeito da disparidade entre os funcionários, pois alguns aguardam agendamento via aplicativo Esaúde e outros estão sob livre demanda coordenada pelas chefias.
O Sismec manifestou grande indignação sobre o ocorrido “no Pavilhão da Cura”. A leitura que a entidade faz é de que profissionais da saúde, pública e privada de Curitiba, passaram de “heróis” a humilhados, pois devido a uma convocação emitida pela SMS aos hospitais privados, foram todos direcionados à vacinação no mesmo dia.
As denúncias mostram a falta de estrutura da gestão para receber a todos. Havia uma fila enorme, sem possibilidade de distanciamento e sem acolhimento. Foram todos deixados na chuva, completamente expostos. “Desumano! Total desrespeito a profissionais exaustos, com condições emocionais extremamente delicadas, que estão enfrentando a pandemia há meses”, expõe a presidente do sindicato, Raquel Padilha. “O tão sonhado dia da vacina se tornou um pesadelo para esses profissionais. Colocamo-nos à disposição e nos solidarizamos com todos esses guerreiros”, frisou.