Calor excessivo faz funcionários e pacientes passarem mal dentro de unidades de saúde de Curitiba
Calor excessivo faz funcionários e pacientes passarem mal dentro de unidades de saúde de Curitiba.
Os curitibanos têm sofrido com o excesso de calor nos últimos dias, mas não só nas ruas. A situação dentro das unidades de saúde da capital está muito complicada. A falta de climatização tem feito com que os pacientes e até os funcionários passem mal.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Enfermagem de Curitiba (Sismec) tem recebido várias reclamações sobre a temperatura elevada dentro dos locais de atendimento. Elas vêm de trabalhadores que tiveram sintomas como alteração de pressão, dores de cabeça, náuseas e vômitos em decorrência do calor durante os plantões ou que precisaram atender com urgência pacientes afetados pela alta temperatura enquanto aguardavam.
Também houve relato de situações inadequadas que podem comprometer a qualidade do atendimento prestado à população. Entre elas, a constatação de temperatura maior do que 30.º C dentro de uma sala de vacinas, local que precisa estar fresco para que o estoque não estrague.
Além disso, foi informado ao sindicato que até os poucos ventiladores que havia antes em alguns setores das unidades foram retirados sob a alegação de que a Vigilância Sanitária não permite seu uso nestes locais, mas não houve nenhuma outra ação para abrandar o calor.
O Sismec registrou, só nos últimos dez dias, onze reclamações formais de servidores. Por outro canal, informal, somam-se mais de trinta pedidos de ajuda pela mesma situação.
A diretoria do sindicato enviou ofício para a Secretária Municipal de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação de Curitiba no dia 12 de janeiro, informando o problema e pedindo providência urgente. Apesar do retorno afirmando que já estavam cientes e avaliariam a situação de conforto térmico nas unidades para efetuar melhorias, nenhuma providência foi tomada ainda.
O sindicato está se baseando nas reclamações do quadro funcional e em normativas técnicas para fazer as solicitações à gestão, mas teme que o não atendimento aos pedidos coloque em risco a saúde de trabalhadores e pacientes.